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MASTER

Tido como um dos criadores do Death Metal, o Master se mantém forte e fiel ao underground desde sempre, e prova que as quase três décadas de atividade serviram para aperfeiçoar a banda. Este ano, Paul Speckmann (vocal e guitarra), Zdeněk Pradlovský (bateria) e Alex “93” Nejezchleba (guitarra) deixam mais um grande disco como legado, o potente “The New Elite”, que está saindo no Brasil pela Shinigami Records, gravadora que intermediou a entrevista com Speckmann. Além do lançamento, o grupo promete devastar quatro estados do país neste mês! Com você, a ‘The Old Elite’ do Death.

Os riffs do novo álbum parecem ser um dos mais poderosos e eficientes de toda a carreira do Master. Houve um jeito novo de criá-los em “The New Elite”?
Paul Speckmann:
Crio riffs da mesma maneira sempre, com um violão e um gravador, e seleciono entre centenas deles todos os anos, torcendo pelo melhor. O guitarrista Alex Nejezchleba também sempre traz novas músicas para a mesa e o baterista Zdeněk Pradlovský ajuda a fazer arranjos comigo e Alex. Então é realmente um esforço em grupo.

Você apontaria “The New Elite” como o melhor álbum do Master até agora?
Paul:
Pessoalmente acho que está entre os melhores, com certeza, mas vamos encarar que os dois primeiros LPs serão os clássicos e, infelizmente para mim, ‘The New Elite’ fica encoberto pelos primeiros trabalhos, mas é um dos melhores lançamentos da carreira do Master. Colocamos nossos corações e almas em todos os discos, mas alguns têm músicas melhores, produções melhores, orçamentos maiores etc. Esse álbum foi gravado na loucura, mas resistirá ao teste do tempo no futuro, como tem acontecido com outros registros.

Acredita que “The New Elite” já serve como referência para fãs e bandas mais novas que executam música extrema ‘old school’?
Paul:
Não, é apenas um pedaço de arte que vem das almas dos integrantes da banda. A música é a arte da alma e, dessa vez, capturamos as nossas na gravação. Eu não tento influenciar ou guiar ninguém. Pessoalmente, escrevo para mim e torço pelo melhor. Guiem vocês mesmos!

Existe alguma música que você considera a mais forte do álbum? Para você, é mais fácil compor coisas mais violentas ou um pouco mais comedidas?
Paul:
Nunca pensei nisso, apenas escrevo as músicas e fica por isso mesmo. Essa é uma questão complicada, porque há várias faixas que se destacam em minha opinião, como ‘Smile As You’re Told’, ‘The New Elite’ e ‘New Reforms’. Essas músicas foram escritas como sempre fizemos, nada realmente diferente. Elas capturam a essência da banda e sua total agressão, e meu desprezo pessoal pela sociedade e pelos governos que dominam o mundo. Vivemos em um mundo amargo, cheio de caos e corrupção, e esses super poderosos precisam ser removidos de seus tronos. A liberdade está perto de ser perdida e se a juventude de hoje não se levantar e lutar, tudo certamente estará acabado.

“The New Elite” mantém a chama do Master clássico. Quanto disso se deve à lealdade ao underground e quando é simplesmente uma escolha no processo de composição?
Paul:
Sou um sobrevivente do underground e isso fala por si só.

Existem versões limitadas do novo álbum do Master em LP. Qual a sua opinião sobre esse formato? Você acha que esse tipo de disco é apenas para colecionadores ou sua produção é realmente viável hoje em dia?
Paul:
A Doomentia Records, da República Tcheca, e eu começamos a relançar todos os antigos e novos LPs. As pessoas gostam de vinil, assim como eu, então, isso agrada todos.

As letras do Master falam mais sobre o mundo real, enquanto bandas de Death Metal em geral escrevem sobre morte, sangue, religião e outras coisas. Qual a sua opinião sobre esse tipo de letra? Existe alguma contribuição de conteúdo para a sociedade?
Paul:
A ficção vende e Satã é o deus ficcional do underground. Gosto de ler sobre ficção como qualquer um, mas acho que a verdade e a justiça são assuntos mais interessantes para se escrever, indiferentemente da pouca grana que consigo com os discos.

O Master completa trinta anos de atividade em 2013. Como vocês celebrarão a data?
Paul:
Continuaremos a fazer turnês como sempre, nada mais, nada menos. Fazemos mais de cem shows por ano e isso funciona. Em janeiro, visitaremos a Colômbia por uma semana, sendo quatro shows. A última vez que visitei o país foi em 1998, então, sigo em frente. Também há 31 datas planejadas para os Estados Unidos em março, seguidas de turnês na Europa em abril e junho. Então, o aniversário de trinta anos será celebrado com shows ao redor do globo.

A propósito, quando teremos um DVD do Master?
Paul:
Algum dia. Tenho juntado material do ano passado e deste, e em 2014 lançaremos um DVD com material de toda a nossa carreira. Também estou aguardando imagens de todos os shows no Brasil, ainda não tenho nenhuma. Ficamos por sete semanas e fizemos 22 shows no país em 2010, mas parece que todas as filmagens estão à venda apenas aí.

Por que você acha que o Master é tão respeitado no underground? Como falei antes, vocês são muito leais aos seus propósitos. Esse é o “segredo”?
Paul:
Sim, eu acredito na banda. Temos produzido discos de qualidade que têm influenciado gerações de ‘metalheads’. Esse é o segredo. Nunca fuji da fórmula original. As antigas demos do Deathstrike e do Master geraram um impacto no cenário na época e as pessoas não esquecerão disso, suponho.

Você é um dos criadores do Death Metal. Quando olha para trás, como vê o crescimento da cena? Há alguma coisa que você sente falta atualmente?
Paul:
Com certeza. Havia mais ‘metalheads’ antigamente, mas vários cortaram os cabelos e se juntaram às chamadas sociedades organizadas ao redor do globo. Ainda sou jovem e me recuso a me conformar.

O Master tem uma carreira sólida. Você tem outros projetos musicais, ou algo que ainda não conseguiu realizar?
Paul:
Certamente. Preciso lançar um livro em minha vida e fazer um filme algum dia.

Muito obrigado pela entrevista. Por favor, deixe uma mensagem para os fãs brasileiros.
Paul:
Vejo vocês em poucos dias, vamos beber cachaça, pirar e fazer uma festa matadora.

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