Este álbum é uma obra conceitual muito bem escrita, totalmente baseada nos poemas heréticos do colombiano Héctor Escobar Gutierrez, poeta conhecido como “El Papa Satánico” e falecido em 2014 aos 74 anos.
Suas obras são muito cultuadas e respeitadas no mundo inteiro.
Age Of Satan é um trabalho impressionante desde seu conteúdo lírico até nas composições das músicas, um Death Metal maravilhosamente bem executado cheio climas brutais e obscuros que nos cativa e nos arrebata logo na primeira audição.
A capa é muito bem feita, com imagens cabalísticas muito bem desenhadas pelo Diogo Ferreira e toda composição gráfica do encarte também ficou muito boa, trazendo as letras e todas informações pertinentes a este trabalho.
Estou falando de fato de um grande lançamento onde os integrantes se preocuparam em todos aspectos para esta realização.
As músicas são muito bem construídas e nos trazem com certeza uma banda madura e pronta pra conquistar o mundo, estes paraenses estão de parabéns.
O CD inicia com a música que nomeia este artefato, “Age Of Satan”, que começa num clima tenebroso com o poema “Aleister Crowley: Maestro Therion” escrito e recitado pelo próprio Héctor que aguçou ainda mais a minha curiosidade de ouvir o que vem a seguir, e como sempre essa banda nunca decepciona, logo vem a violência e brutalidade que são identidades próprias do Disgrace And Terror.
Este é um material que foi muito difícil destacar quais as melhores faixas, pois todas vem numa sequencia que se completam. As músicas “Secret Abyss”, “Samael” e “Satanic Emancipation” são faixas empolgantes e que nos trazem o melhor do Death Metal, sim, muito peso e trabalhos fantásticos nas guitarras com riffs esmagadores, os vocais guturais do Rot se encaixou perfeitamente nas composições e que além de brutalizar nos passa o sentimento de quem realmente acredita no que está cantando, o que eu acho essencial.
Outra musica que me chamou a atenção foi a instrumental “Gnosis Infernum” que começa nos remetendo ao melhor do Black Metal com riffs frios e que logo é acompanhado por riffs de muita técnica que nos remete aos antigos trabalhos do Mercyful Fate e os solos são de tirar o folego. Ao final dessa música o Frater Aiwass (Papa negro da America do Sul) recita algumas palavras como uma missa negra com direito a um clima verdadeiramente satânico.
Você que está agora lendo minha humilde resenha à respeito deste trabalho, tenha certeza que esta é uma obra essencial em sua coleção, pois se trata de um artefato forjado no fogo e no enxofre com extrema competência.